* Texto de Diogo Arrais, professor de Língua Portuguesa do Damásio Educacional Entedia-se mais quem não se rende aos encantos literários; entendia-se mais quem não se rende às constantes lições de uma senhora Literatura, que professa vocábulos sem-fim. Em Missa do Galo, Machado de Assis, devido a uma sinfonia sintática particular, homenageia – de diversas formas - nossa Língua. Um trecho desse conto, inesquecível, professa aquelas raras aulas não somente gramaticais: “Nunca tinha ido ao teatro, e mais de uma vez, ouvindo dizer ao Meneses que ia ao teatro, pedi-lhe que me levasse consigo. Nessas ocasiões, a sogra fazia uma careta, e as escravas riam à socapa; ele não respondia, vestia-se, saía e só tornava na manhã seguinte. Mais tarde é que soube que o teatro era um eufemismo em ação.” Durante a leitura, é natural que existam observações vocabulares, linguísticas. Que, por exemplo, significa a palavra “socapa”, perguntaria o observador? Socapa remete a “di
Consultora de Histórias da McSill Story Consultancy. É Pós-graduanda no programa de Pós Graduação “A arte de Contar Histórias” e "Livro para a infância" da Facon/SP. Autora dos livros: "Book-in-a-box", lançado em 2013 pela DVS Editora, “Em busca do guardião da Luz”, contemplado com o Proac 2009 - lançado em 2011. 2015 publicou “Cinderella” e 2016 lançou na Bienal “A Marca da Estrela”, ambos pela Abajour Books.