A reflexão é o momento imediatamente
seguinte ao desastre. O personagem vai pensar
a respeito do que lhe aconteceu na cena de ação e como suas atitudes o levaram
a reagir daquele jeito. Em seguida
irá procurar uma forma de sair daquela enrascada, e então chegará a um dilema; duas possibilidades de se
livrar do contratempo gerado pelo obstáculo. Quanto mais o dilema levar o protagonista
a caminhos antagônicos melhor! Pois agora só lhe resta escolher a saída menos
desagradável e a decisão de que rumo
tomar será a mola
propulsora que lançará o personagem à próxima unidade de ação.
Em resumo, a cena de ação se atém aos
fatos e a sequela à mente. Enquanto a
primeira é mais objetiva e sem grandes rompantes de pensamentos, a segunda é o
momento de mergulhar no interior do personagem e conhecê-lo a fundo. É na
sequela que descobrimos quem, de verdade, é o protagonista. Sozinho dentro de sua
cabeça o personagem não se preocupa com convenções sociais ou comportamentos
morais adequados, nem conseguiria. Na reflexão surgem as reações mais
instintivas e verdadeiras, como qualquer ser humano, acabando assim por
desnudar o personagem para o leitor.
Os elementos da cena formam uma
arquitetura lógica de ação-reação criando na cabeça do leitor uma ilusão de
realidade. É o que chamamos de Ciclo
Cena-Sequela. Para que seu romance seja, mais do que lido, apreciado, nunca
esqueça dos elementos de cena, eles são a magia do texto.
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