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A nossa ideia é compartilhar com vocês histórias muitas vezes conhecidas e outra até desconhecidas, contos de fadas, contos fantásticos entre outros, para interagirmos e trocarmos conhecimentos!
Você conhece um conto tradicional que poucos sabem? Mande para nós a sua sugestão de histórias, e nos ajude a fortalecer o nosso BAOBÁ.
Essa semana traremos um conto de fadas pouco conhecido "Vapt-Vupt-Zum", dos Irmão Grimm!
Boa Leitura!
Vapt-Vupt-Zum! - Irmão Grimm
Era uma vez um rei que tinha se perdido enquanto caçava. De repente, apareceu um homenzinho branco à sua frente: “Senhor rei, se me der a mão da sua filha caçula, eu o ajudo a sair da floresta”. Amedrontando, o rei concordou e o homenzinho então mostrou a ele o caminho certo. Ao despedir-se, disse: “Em oito dias, virei buscar a minha noiva”. De volta ao castelo, o rei estava muito triste pela promessa que fizera, pois a filha caçula era justamente sua preferida. As princesas notaram a tristeza do pai e perguntaram o que o preocupava. Ele então confessou ter prometido dar em casamento a mais nova de suas filhas para um pequenino homem branco da floresta, e que este viria busca-la dentro de oito dias. Elas, no entanto, o tranquilizaram, dizendo que dariam um jeito de enganar o homenzinho. Quando chegou o dia, elas vestiram a filha de um pastor de vacas com as roupas de princesa, sentaram-na no quarto desta, dando a seguinte ordem à jovem: “Quando alguém vier para busca-la, você vai junto!”, e em seguida saíram do castelo. Assim que tinham saído, uma raposa entrou no castelo e disse à moça: “Sente-se sobre a minha áspera cauda e vapt-vupt-zum!, vamos embora para a floresta!” A moça sentou-se sobre a cauda da raposa e está a levou até a floresta. Quando chegaram a um lindo campo relvado, onde o sol brilhava espalhando luz e calor, a raposa disse à jovem: “Agora apeie e cate meus piolhos!”. A moça obedeceu, a raposa deitou a cabeça no colo dela e, enquanto catava os piolhos, a moça
disse: “Ontem, neste mesmo horário, estava ainda mais bonito na
floresta!”. “Mas como você chegou até a floresta?”, perguntou a raposa. “Ora,
eu estava ajudando meu pai a pastorear as vacas.” “Então você não é a princesa!
Sente-se sobre a minha áspera cauda e vapt-vupt-zum!, de volta para o castelo!”
A raposa a levou de volta e disse ao rei: “O senhor me enganou, está é a filha
de um pastor de vacas; em oito dias virei novamente buscar a sua verdadeira
filha”. No oitavo dia, porém, as princesas vestiram a filha de um pastor de
gansos com roupas suntuosas, sentaram-na no quarto e foram embora. Então a
raposa chegou e disse: “Sente-se sobre a minha áspera cauda e, vapt-vupt-zum!,
vamos embora para a floresta!”. Quando chegaram ao ensolarado campo relvado, a
raposa disse novamente: “Apeie agora e venha catar meus piolhos!” Enquanto
catava os piolhos, a moça suspirou e disse: “Onde estarão os meus gansos
agora?”. “O que você sabe sobre gansos?” “Ora, todo dia eu levava o ganso para
o campo, junto com meu pai.” “Então você não é filha do rei! Sente-se sobre a
minha áspera cauda e, vapt-vupt-zum!, de volta para o castelo!” A raposa a
levou de volta e disse aos rei: “O senhor me enganou de novo, esta é a filha de
um pastor de gansos. Em oito dias eu voltarei mais uma vez, e se não me
entregar a sua filha verdadeira o senhor se dará muito mal”. O rei ficou com
medo e, quando a raposa voltou, entregou-lhe a princesa. “Sente-se sobre a minha áspera cauda e, vapt-vupt-zum!,
vamos embora para a floresta.” Ela teve de cavalgar sobre a cauda da raposa, e
quando chegaram ao lugar iluminado pelo sol esta disse à jovem: “Agora apeie e
cate meus piolhos!”. Mas quando a raposa deitou a cabeça no colo da princesa,
esta começou a chorar e disse: “Sou a filha de um rei e tenho de catar piolhos
de uma raposa! Se eu estivesse em casa sentada no meu quarto, poderia ver as
flores no jardim!” A raposa, agora convencida de que estava com a noiva certa,
transformou-se novamente no pequenino homem branco. Este agora era o seu
esposo, ela teria de morar com ele numa pequena cabana, e cozinhar e costurar
para ele, e isso durou um bom tempo. O homenzinho, por sua vez, fazia de tudo
para lhe agradar.
Certo dia, ele disse à princesa: “Eu tenho de sair, mas logo três pombos brancos virão voando baixo, rente ao solo. Você deve capturar o pombo do meio e, quando o tiver nas mãos, cortar a cabeça dele imediatamente. Mas tome muito cuidado para não apanhar um pombo que não seja o do meio, pois isso causaria uma grande desgraça”. O pequeno homem então se foi e, ao cabo de pouco tempo, a princesa viu três pombos que se aproximavam voando baixo. Ela ficou bem atenta, agarrou o pombo do meio, empunhou uma faca e cortou a cabeça dele. Assim que o pombo caiu no chão, um belo e jovem surgiu na frente dela e lhe disse: “Uma fada jogou um feitiço em mim; eu perderia a minha forma durante sete anos, e depois, transformado num pombo, eu passaria pela minha esposa, voando entre dois pombos, e ela teria que me agarrar e cortar a minha cabeça. Caso ela não me pegasse, ou pegasse o pombo errado, e eu tivesse passado por ela, tudo estaria perdido e não haveria mais salvação. Por isso lhe pedi que ficasse muito atenta, pois eu sou o pequenino homem branco, e você é minha esposa”. Isso deixou a princesa muito feliz, e, juntos, eles foram morar com o pai dela, e quando este morreu eles herdaram o reino.
Vapt-Vupt-Zum! - Irmão Grimm
Era uma vez um rei que tinha se perdido enquanto caçava. De repente, apareceu um homenzinho branco à sua frente: “Senhor rei, se me der a mão da sua filha caçula, eu o ajudo a sair da floresta”. Amedrontando, o rei concordou e o homenzinho então mostrou a ele o caminho certo. Ao despedir-se, disse: “Em oito dias, virei buscar a minha noiva”. De volta ao castelo, o rei estava muito triste pela promessa que fizera, pois a filha caçula era justamente sua preferida. As princesas notaram a tristeza do pai e perguntaram o que o preocupava. Ele então confessou ter prometido dar em casamento a mais nova de suas filhas para um pequenino homem branco da floresta, e que este viria busca-la dentro de oito dias. Elas, no entanto, o tranquilizaram, dizendo que dariam um jeito de enganar o homenzinho. Quando chegou o dia, elas vestiram a filha de um pastor de vacas com as roupas de princesa, sentaram-na no quarto desta, dando a seguinte ordem à jovem: “Quando alguém vier para busca-la, você vai junto!”, e em seguida saíram do castelo. Assim que tinham saído, uma raposa entrou no castelo e disse à moça: “Sente-se sobre a minha áspera cauda e vapt-vupt-zum!, vamos embora para a floresta!” A moça sentou-se sobre a cauda da raposa e está a levou até a floresta. Quando chegaram a um lindo campo relvado, onde o sol brilhava espalhando luz e calor, a raposa disse à jovem: “Agora apeie e cate meus piolhos!”. A moça obedeceu, a raposa deitou a cabeça no colo dela e, enquanto catava os piolhos, a moça
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Certo dia, ele disse à princesa: “Eu tenho de sair, mas logo três pombos brancos virão voando baixo, rente ao solo. Você deve capturar o pombo do meio e, quando o tiver nas mãos, cortar a cabeça dele imediatamente. Mas tome muito cuidado para não apanhar um pombo que não seja o do meio, pois isso causaria uma grande desgraça”. O pequeno homem então se foi e, ao cabo de pouco tempo, a princesa viu três pombos que se aproximavam voando baixo. Ela ficou bem atenta, agarrou o pombo do meio, empunhou uma faca e cortou a cabeça dele. Assim que o pombo caiu no chão, um belo e jovem surgiu na frente dela e lhe disse: “Uma fada jogou um feitiço em mim; eu perderia a minha forma durante sete anos, e depois, transformado num pombo, eu passaria pela minha esposa, voando entre dois pombos, e ela teria que me agarrar e cortar a minha cabeça. Caso ela não me pegasse, ou pegasse o pombo errado, e eu tivesse passado por ela, tudo estaria perdido e não haveria mais salvação. Por isso lhe pedi que ficasse muito atenta, pois eu sou o pequenino homem branco, e você é minha esposa”. Isso deixou a princesa muito feliz, e, juntos, eles foram morar com o pai dela, e quando este morreu eles herdaram o reino.
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