Bom vindo a nossa central de histórias!
A nossa ideia é compartilhar com vocês histórias muitas vezes conhecidas e outra até desconhecidas, fábulas, contos de fadas, contos fantásticos entre outros, para interagirmos e trocarmos conhecimentos!
Você conhece uma fábula, um conto tradicional ou qualquer outra história? Mande para nós a sua sugestão, e no ajude a fortalecer o nosso BAOBÁ.
Essa semana traremos um conto sufi; que são histórias vindas do Oriente Médio que passam ensinamentos para o seu povo e discípulos, pois sempre vêm acompanhadas de uma moral. E hoje teremos a história "Os Homens e a Borboleta".
Boa Leitura!
A borboleta voou direto para uma
pequena ilha no meio do rio, onde pousou numa flor e sugou seu néctar. Então
ela passou a dar voltas em torno daquele recanto, que deveria parecer enorme
para um inseto daquele tamanho, como que se deliciando com o Sol e a suave
brisa. Logo encontrou outra borboleta, e juntas dançaram no ar como um casal de
namorados.
A nossa ideia é compartilhar com vocês histórias muitas vezes conhecidas e outra até desconhecidas, fábulas, contos de fadas, contos fantásticos entre outros, para interagirmos e trocarmos conhecimentos!
Você conhece uma fábula, um conto tradicional ou qualquer outra história? Mande para nós a sua sugestão, e no ajude a fortalecer o nosso BAOBÁ.
Essa semana traremos um conto sufi; que são histórias vindas do Oriente Médio que passam ensinamentos para o seu povo e discípulos, pois sempre vêm acompanhadas de uma moral. E hoje teremos a história "Os Homens e a Borboleta".
Boa Leitura!
OS HOMENS E A BORBOLETA.
Era uma vez dois homens cansados
que chegaram à beira de um rio numa tarde de verão. Eles faziam uma longa
viagem juntos e pararam ali para descansar. Pouco depois o mais jovem
adormeceu, enquanto o outro ficou observando sua boca aberta. Vocês acreditariam
se eu dissesse que uma pequena criatura, que segundo todas as aparências era
uma linda borboletazinha, saiu voando de dentro dos seus lábios?
A primeira borboleta pousou outra
vez em um galho que balançava levemente. Depois de um momento ou dois,
reuniu-se a uma nuvem de insetos grandes e pequenos, dos mais variados tipos,
que fervilhavam em torno da carcaça de um animal que jazia na grama verdejante.
Vários minutos se passaram.
Distraidamente, o homem cordado
jogou uma pedrinha na água, bem perto da ilha. As ondas que se formaram
respingaram na borboleta, que de início quase naufragou, mas depois, com
dificuldade, sacudiu os respingos das asas e recomeçou a voar rapidamente na
direção da boca do homem que dormia.
Mas nesse momento o outro
viajante pegou uma folha grande que segurou na frente do rosto do companheiro
para ver o que a borboleta faria. A pequena criatura investiu contra este
obstáculo repetidas vezes, como que em pânico, enquanto o homem adormecido
começava a contorcer-se e a gemer.
O homem que atormentava a
borboleta retirou a folha e ela voou, rápida como uma flecha, para dentro da
boca aberta. Nem bem tinha entrado o homem estremeceu e despertou.
Então ele disse para o amigo:
- Acabo de ter uma experiência
muito desagradável, um terrível pesadelo. Sonhei que estava morando num castelo
seguro e agradável, mas fiquei inquieto e resolvi explorar o mundo lá fora.
No meu sonho, viajei por meios
mágicos para um país distante, onde tudo era alegria e prazer. Por exemplo, eu
bebi o quanto quis de uma taça de ambrosia. Conheci uma mulher de beleza
incomparável e dancei com ela, vivendo as alegrias de um verão sem fim. Diverti-me
com bons companheiros, pessoas de todas as espécies e condições, naturezas,
idades e tipos físicos. Houve algumas coisas tristes, mas só serviram para
enfatizar os prazeres daquela existência.
Essa vida durou muitos anos. De repente,
e sem qualquer aviso, aconteceu uma catástrofe: ondas enormes invadiram a
terra. Eu me molhei todo e quase me afoguei. Eu me vi correndo em disparada de
volta ao meu castelo, como se tivesse asas. Mas quando eu cheguei ao portão não
conseguia entrar.
Uma imensa porta verde tinha sido levantada por um gigantesco
espírito maligno. Eu me atirei contra essa porta, empurrando-a várias vezes,
mas ela não cedeu.
De repente, quando sentia que
estava para morrer, lembrei-me de uma palavra mágica que servia para dissipar
encantamentos. Tão logo a pronunciei o grande portal verde caiu como uma folha
ao vento. Pude entrar em casa outra vez e viver em segurança desse dia em
diante. Mas eu estava tão assustado que acordei.
***
Bom vocês, como devem ter
adivinhado, são a borboleta. A ilha é o mundo. As coisas de que vocês gostam,
ou não gostam, raramente são o que pensam que são. Mesmo quando chega a sua
hora de partir, ou quando você pensa sobre isso, você apensa encontra distorções
dos fatos, e é por isso que esta questão não pode ser compreendida de um modo
comum. Mas além da ‘borboleta’ está o ‘homem adormecido’. Atrás de ambos está a
verdadeira Realidade. Dada a oportunidade correta, a ‘borboleta’ pôde aprender
sobre essas coisas: de onde ela realmente vem, da natureza do ‘homem adormecido’
e daquilo que há além da borboleta e do homem adormecido.
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