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Criatividade - Depressão - Imaginação...


Pessoas criativas são mais propensas à depressão, acreditem. Mas ao mesmo tempo a criatividade pode auxiliar nos processos de mudança de vida quando o depressivo busca ajuda.

Como assim? A mesma coisa ajuda e atrapalha?

Bom, não é bem que atrapalhe, mas ajudar ajuda e muito. O que os especialistas afirmam é que atores, escritores, músicos e outros profissionais que dependem diariamente da sua criatividade são mais propensos à depressão e ao vício do que outras pessoas comuns.

Esses profissionais colocam criatividade e imaginação diariamente a frente de todas as outras coisas. São profissionais dependentes da ​sua ​criatividade​, o que por natureza gera pressão. ​

Para especialistas é nítida a ligação entre talento criativo, depressão e dependência. Profissionais que lidam com criatividade diariamente são pessoas mais sensíveis e vivem intensamente as emoções. E mais, eles colocam suas emoções a serviço de sua arte, o que os torna mais ​propensos a se afetarem com os acontecimentos. É comum encontrarmos escritores, poetas, ​músicos e atores que lidam diariamente com altas doses de ansiedade, têm momentos depressivos e ​podem ​até​ apresentar transtornos bipolares​.​ 

Nesse momento é importante acrescentarmos que essas profissões lidam com a pressão pelo sucesso o tempo todo. São artistas que precisam provar minuto a minuto que são bons, que merecem aquele lugar e que não estão ali por acaso, mas devido a muito trabalho​ e talento. ​

Por outro lado existe uma vertente de especialistas que afirmam que a depressão apontada​inicialmente ​como problemática pode fazer muito bem e inclusive deixar a pessoa mais reativa.

Como assim? Se eu for muito criativo, fico sensível demais e propenso à depressão. Mas se eu estiver deprimido posso ficar mais criativo?
Ai ai ai socorro!

E querem saber?

É isso mesmo!

A criatividade, o “estar aberto” para ser criativo pode sim deixar a pessoa mais propensa, atentem: propensa, e não depressiva. Lembrando que pessoas criativas são mais sensíveis, e pessoas deprimidas estão com sua sensibilidade em frangalhos, vamos ver como a criatividade pode ajudar?

Bem, vamos começar lembrando que a depressão é um mecanismo de defesa, de sobrevivência para as crises da vida. Ela nos força a reavaliar as prioridades. Se encararmos a depressão como um problema ​pontual que se dá como uma reação normal aos altos e baixos da vida, talvez possamos observá-la como um monstro menos assustador. Exercícios de criatividade podem ajudá-lo a ver os fatos de outra forma, de outro ângulo​, por outro ponto de vista.

Pensando assim, que tal um exercício de criatividade para lidar com os fatos da vida como um romancista?

Então vamos lá. O exercício é assim:
  • Pense em uma situação que o incomoda e escolha um acontecimento único ligado aquilo. Um acontecimento que envolveu você e outras pessoas que pode não ter acabado muito bem como você gostaria.
  • Agora trabalhe como um romancista: separe os personagens em 1, 2, 3, 4 … se tiver mais ​pessoas no seu acontecimento, concentre-se em elencar apenas os 3 ou 4 com as ações mais ligadas ao acontecimento, ou seja, aqueles “personagens”  sem os quais os acontecimento teria sido diferente. Bem, numere-os. Inclusive você.
  • ·Em um caderno liste os acontecimento. Coloque cada ação​ do personagem em uma​ única​ linha​, fazendo uma listinha de ações. ​Por exemplo:

Linha 1 - personagem 1 (Claudia) entrou na sala, foi até o bebedouro e começou a encher o copo de água.

Linha 2 - personagem 2 ​ (João) ​ olhou para a personagem 1 e sorriu enquanto personagem 1 enchia o copo.

Linha 3 - personagem 1 correspondeu ao sorriso. E disse: - Bom dia, personagem 2, como vai
​ sua mãe, já morreu​?

Linha 4 – personagem ​2​ ​parou de súbito e deu um soco na cara de personagem 1​.
  • Separados os fatos/acontecimentos o que cada personagem queria/buscava/almejada naquela situação e o que o atrapalhou a conseguir o que queria​? O que sentiram? Por que as pessoas reagem de certa forma?​
  • Listados acontecimentos, personagens e vontades use sua criatividade para se perguntar se esse momento de stress é um acontecimento positivo ou negativo. É alguma coisa da vida que pode ser encarada como um “alto ou baixo” da vida?
  • Usando a criatividade refaça as ações e diálogos criando uma cena como você gostaria que tivesse acabado criando novas ações diante dos atos dos outros personagens. ​Imagine, sonhe, crie!

Esse exercício além de ser divertido prova como a criatividade pode nos ajudar a avaliarmos todos os fatos que nos chatearam ou nos deixaram tristes. Auxiliando assim a ver que todas as situações que nos deixam com essas sensações também podem nos fazer crescer e passar por elas numa boa quando analisadas de maneira criativa!


Portanto, vamos usar a criatividade também para sair do baixo astral!

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