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Era uma vez um mundo distante...Os Contos de Fadas!

Quando falamos em contos de fadas a primeira imagem que surge é a de uma criança. Talvez logo seja acompanhada por princesas, bruxas, fadas, anões ou animais falantes. Entretanto, os contos de fadas do passado apresentavam cenas bem mais macabras, para não dizer horrendas.
Chapeuzinho Vermelho, por exemplo, era simplesmente devorada pelo lobo. A rainha má da Branca de Neve da versão dos irmãos Grimm, no fim, é forçada a dançar até a morte e o conto original da Bela Adormecida é ainda menos doce; em algumas versões a bela princesa acorda para descobrir que foi estuprada e é mãe de gêmeos.
“O medo não é tão difícil de entender. Afinal de contas, não fomos todos nós assustados quando crianças? Nada mudou desde que Chapeuzinho Vermelho enfrentou o lobo mau. O que nos assusta, hoje, é exatamente o mesmo tipo de coisa que nos assustou ontem. É apenas um lobo diferente. ” Alfred Hitchcock – cineasta
Os contos de fadas tradicionais nasceram há muito tempo e a fidelidade de suas origens perdeu-se na história. Contos de fadas como da Branca de Neve e Cinderela possuem diferentes versões ao longo da Idade Média até o século XX, sem esquecer as versões adocicadas pela Disney, as mais famosas e conhecidas no mundo.
Eles podem parecer irreais ou cruéis, mas para criança são o que existe de mais real, agregando-se a elas como algo que lhes fala em linguagem acessível, pois diz respeito à compreensão de si própria e de sua experiência de mundo.
Na vida talvez não seja necessário escalar montanhas para encontrar seu mestre em um vilarejo perdido no norte, mas talvez seja necessário pedir ajuda a alguém. Contos de fadas sobrevivem ao tempo para lembrar que na vida existem problemas, provocações e perdas, e que isso é normal.
Vale Leitura!!!

Texto escrito para Revista Pense Mais n. 5, por Camila Prietto, que  é atriz, escritora, consultora de estórias e palestrante com o selo internacional da McSill Story Consultancy. www.camilaprietto.com
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